Carta aberta ao Bispo de Benguela

Esta Carta Aberta ao Bispo de Benguela e ao director do ISPOCAB, subscrita por diversos estudantes, refere o clima de saturação em relação ao comportamento de Sofia Ligeiro. Eis, na íntegra, o teor dessa missiva, um legítimo direito à indignação por parte dos seus autores.

“N uma das cartas enviadas pelos estudantes do ISPOCAB, manifestamos o nosso mais elevado descontentamento face às atitudes da Senhora Portuguesa chamada SOFIA LIGEIRO.

Dissemos nós que ela era cheia de mau carácter, que não tem educação, carrega consigo no seu ADN um elevadíssimo complexo de superioridade próprio do colono, foi expulsa da Universidade Katyavala Bwila e da Lusíada por causa da sua difícil relação com as pessoas, acha que sabe tudo e o pretozinho nada sabe, o que mais sabe é entrar em choques com todos.

É esta assim que o nosso ISPOCAB nutre um carinho especial em detrimento de todos, principalmente na direcção actual. Nós estudantes fizemos todos as pesquisas e ficamos a saber que ela manieta o próprio Director Geral, que ultimamente as suas sugestões são as que a Direcção mais segue até na mudança do pessoal administrativo; ficamos a saber que só falta um pouco para mandar numa pasta importante da Católica, sendo que já é chefe do gabinete que trata dos assuntos dos estudante (estes que não a querem) chamado GESPASE, e responsável do sector da Tesouraria, um contacto permanente com os estudantes e só falta um pouco para ser director dos Recursos Humanos. É uma situação difícil.

Sabemos ainda que ela veio como Missionária jovem voluntária e sem fins lucrativos em Angola-Benguela. Tendo-se casado, perdeu essa categoria na própria Organização. Acontece porem, que senhora Sofia Ligeiro, diferente de outros continua a beneficiar do visto de missionaria para uma actividade que um Jovem Angolano poderia muito bem fazer, isto é, a Pastoral Universitária, onde sempre trabalhou, embora a meio gás (porque mais lhe interessa o dinheiro do ISPOCAB do que a própria pastoral), com o actual Director Geral do ISPOCAB.

É caso de se investigar seriamente que tipo de missionária ela é em Angola, o que é que ela faz que um Angolano ou uma Angolana não consegue fazer; entendemos nós que ser chefe do GESPASE, TESOURARIA ou outro Sector, não é Pastoral Universitária.

Será também que as disciplinas de: Introdução aos Estudo do Direito, Direito do trabalho, Direito Fiscal, Fiscalidade e outras que lecciona no ISPOCAB nenhum outro angolano está habilitado a leccionar, para ser uma estrangeira que não acrescenta nenhum valor, que não tem nenhum know-how como a lei exige para a contratação trabalhadores estrangeiros?

Precisamos seriamente de corrigir o que está. Ai está o que o seja o Bispo de Benguela, Inspecção do trabalho, o SME devem corrigir. Estamos cansados nós estudantes e mesmo os trabalhadores pela investigação feita. Aliás, esses últimos só rezam que essa senhora nunca seja chefe dos Recursos Humanos, porque será o descalabro total, até porque na nossa pesquisa ficamos a saber que numa empresa de construção em que trabalhou na área dos recursos humanos andou sempre em brigas com os trabalhadores até que foi corrida.

Essa é uma investigação feita com muita seriedade a pessoas de topo na Diocese de Benguela, a trabalhadores do ISPOCAB, à Katyavala, Lusíada, enfim radiografia de uma pessoa que não cria harmonia no seio da sociedade angolana e que prejudica a todos com o seu carácter colonialista.

ESTAMOS CANSADOS COM SENHORA SOFIA LIGEIRO, deve voltar para a sua terra, deixe a Católica em paz. Se nada for feito, nós o faremos para que ela volte em paz a Portugal e exerça as suas competências no seu País, se ela é tão importantes assim como muitas vezes manifesta.

POR FAVOR NÃO ESTRAGUEM A NOSSA CASA COMUM QUE É O ISPOCAB, COM ESSA GENTE TÃO INCOMPETENTE. ELA É UMA INCOMPETENTE EM PESSOA, BASTA OLHAR PELAS SUAS ATITUDES, NÃO SABE TRABALHAR COM AS PESSOAS É SÓ OLHAR POR ONDE PASSOU E CORRIDA. A UNIVERSIDADE É NOSSA E NÓS VAMOS LUTAR POR ELA, NÓS É QUE ESTAMOS AÍ A ESTUDAR E COM ELA QUEREMOS IDENTIFICAR-NOS, É A SOCIEDADE QUE ESTÁ A RECLAMAR.

CONTRA MILHÕES NÃO SE DEVE BRINCAR NEM RESISTIR.

QUEM QUISER INVESTIGAR QUE O FAÇA NÓS FIZEMOS A NOSSA PARTE.

OS ESTUDANTES”.

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